(...) Estaria alguém na Igreja de Fátima? – indagou-se ao passar por ela, do seu lado direito, mesmo a meio do trajecto entre o início da Avenida e o Edifício da CGD.
A Igreja parecia estar ocupada. Por dentro dos vitrais algumas luzes refulgiam na superfície trabalhada, e normalmente as pessoas, religiosas ou não, procuravam aqueles locais para se esconder naquelas ocasiões. As duas descrições dos agressores, que conhecia, faziam comparações evidentes com os demónios, e era impossível não acreditar que muita gente procurara ajuda junto das Igrejas, e dos padres.
Estacou o passo para observar melhor. Não podia deixar de sentir algum conforto ao ver aquele templo pintado de branco, rodeado por um jardim e um vasto recinto que, de alguma forma, parecia imaculado. E a ideia de que lá dentro pudessem estar pessoas era agradável! Apurou melhor o ouvido para perceber se de lá ecoaria algum cântico apelando à intervenção divina... Mas apenas o silêncio lhe respondeu num grito ensurdecedor! (...)
In Trilogia Império Terra : o princípio, pag. 35
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