«(...)Larnac fixou o olhar na bola azul e branca naquele movimento indolente e contínuo em torno dela própria, indiferente à guerra que nela se travava, indiferente ao drama humano do qual era cenário. Dali de cima não parecia existir uma guerra, dali de cima parecia tudo bem, dali de cima ninguém via Abidos... Fora traçado um cenário catastrófico e tudo permanecia calmo. Como é que Sibael poderia explicar isso? Talvez devessem meter-se num cilindro e descer até Artem, verem com o seus próprios olhos aquilo que Sibael lhes mostrou mentalmente, logo ao inicio da viagem, num processo semelhante ao sonho, os lagos, os rios, as cascatas, as ondas, a grande montanha que se via também dali do espaço; mas sabiam, sabiam porque a frota já recolhera informação sobre a atmosfera, sabiam que alguma coisa de invisível e ainda inexplicável lhes desligaria os motores e os sugaria para a morte no mundo que os criara. Porque razão é que a tecnologia não funcionava em Artem?»
in, Império Terra - A Guerra da Pirâmide, pág.75, Tomo I - Acmon, , Paulo Fonseca, HM Editora, 2010
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