E se tudo aquilo que te contaram não for a VERDADE? IMPERIO TERRA III - 2ª REVISÃO em Progresso

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ainda sobre a discussão no Correio do Fantástico

Depois de ter lido o post no Anagrama Anárquico e colocado aqui o post anterior sobre a discussão que se propagara no Correio do Fantástico, recebi um comentário ao meu post - do qual discordo, posição a que tenho todo o direito. Acontece que ao responder ao mesmo, verifiquei que aquela mesma discussão se espalhara até ao Anagrama Anárquico. Curioso, estas coisas!!! Mas isto é bom, porque se discutem ideias e ideais. Desta vez, pretendo apenas efectuar um esclarecimento sobre a minha posição nesta matéria. Eu concordo inteiramente com o que tem vindo a ser dito. No entanto, penso que o «problema» - digo-o assim para não ferir susceptibilidades - não é do Fantástico, mas da literatura em Portugal e principalmente para os novos autores. Em Portugal não se promove o livro a não ser que se saiba que vai vender, e todo o novo autor é uma incógnita. É por isso que se assiste ao que se assiste nas prateleiras das livrarias, e é por isso que os novos autores têm dificuldades em vingar. Mas isto é verdade: tanto para o escritor de fantástico, como de qualquer outro género. Falta quem apoie efectivamente, quem esteja disposto a investir tempo que seja... No Fantástico, é um pouco mais complicado, porque no meio editorial, parece-me, é um género mal amado - se um escritor famoso português que o escreve, o renega! Disseram-me que não se devem apontar culpados, mas sim procurar maneiras de elevar o género. Eu discordo, em parte, e concordo noutra parte. Discordo, porque há culpados, há estrututas, há grupos de interesse, que manipulam a verdadeira essência da literatura ao condicionar a escolha de tudo com base em critérios como o lucro, o número de vendas. Quem já leu sobre esta problemática conhece pelo menos duas histórias: a da escritora famosa e conceituada que enviou uma obra sob outra identidade para a sua editora, e que acabou por vê-la rejeitada por falta de qualidade, e que depois a voltou a apresentar sob o seu nome tendo essa obra tornado-se num dos seus livros mais famosos; e a de uma fadista conhecida que se viu rejeitada por uma grande editora, porque «aquela música não se ouvia», e agora só se fala dela. São dois bons exemplos do que digo. Não se enganem: quem quer ser escritor tem muito trabalho pela frente, muito mesmo, mas também é isso que dá gozo. No entanto, há que apontar o dedo a quem tira os tapete debaixo dos pés desses árduos trabalhadores, e faz parecer esse glorioso caminho um golpe de sorte. Concordo, todavia, com o facto de que apontar o dedo apenas, acusar alguém, não resolve o problema, é preciso fazer crescer a literatura e o Fantástico e é nisso que temos de apostar. Ainda assim, não posso aceitar que digam que este problema não existe, porque ele existe, e faz parte desta conjuctura que torna tudo mais complicado. Não será por fazermos como a avestruz, ou por fecharmos os olhos, que os problemas desaparecem. Talvez seja mais fácil acreditar no dia seguinte... Mas...
Mais cego é aquele que não quer ver...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A propósito da discussão sobre Fantástico no Correio do Fantástico

Aqui há dias gerou-se uma discussão, algo confusa, no Correio do Fantástico sobre o Fantástico e a FC em Portugal. Eu não consegui acompanhá-la, e as opiniões estão lá para todos os gostos. Tive oportunidade de conseguir sentir o conteúdo daquela discussão através de um post no Anagrama Anárquico e, mesmo concordando com aquele, vou eu fazer o meu comentário. E faço-o, porque penso que o problema é mais profundo. Por hoje, deixo aqui o excerto de um texto meu publicado na Alterwords nº 2. Sim! É mais um choradinho, mas não são lagrimas de crocodilo...
«(...) É preciso dar voz e quem escreve por gosto, a quem se limita a deixar fluir as ideias para o papel e com elas tece histórias, histórias que devem ser contadas, que têm de ser contadas para se cumprirem, para poderem ser chamadas de histórias.

Eu tenho um livro publicado – Império Terra: o princípio... A oportunidade foi-me dada pela Papiro. Foi lançado em 22 de Fevereiro de 2008, na Bertrand do Vasco da Gama, tive direito a tudo aquilo que um escritor que publica um livro tem e foi tudo. Os apoios para manter o livro nas prateleiras das livrarias foram poucos ou nenhuns e foi com tristeza que fui assistindo ao seu desaparecimento das montras, das estantes, e fui-me perguntando porquê.

A resposta é, exactamente, porque o livro é um negócio, é visto como um potencial artigo de lucro e não como aquilo que ele realmente é, ou deveria ser, uma porta para a alma de quem o escreveu, para uma alma que tem a necessidade missionária de contar histórias, histórias que ensinam, que têm uma moral, ou que simplesmente entretêm.

Quem tem culpa disto?

Todos nós.

Começando no próprio escritor que, a dada altura da nossa história social, se auto excluiu do mundo, se tornou inacessível, às vezes inentendivel, escondendo-se sob rebuscadas metáforas, palavras difíceis, e dessa forma se tornou o símbolo elitista de uma classe abastada, ou o ostracizado parasita da sociedade. E foi por entender esse erro que surgiram alguns interessantes fenómenos de popularidade, como é o caso do Paulo Coelho, que soube contar histórias difíceis de maneira simples...

Depois apareceram os intelectuais, os críticos literários, aqueles senhores que dizem mal de tudo o que se faz de novo e nunca, jamais, terão coragem de dizer o que realmente pensam de um livro mau de um escritor reconhecido. Estes senhores estagnaram a literatura, congelaram os parâmetros pelos quais se reconhecem boas obras, baniram os ensaístas e com este banimento condenaram todos aqueles que querem escrever de forma diferente. É curioso verificar que a maior parte destes senhores jamais publicaram: será porquê? Será porque não têm coragem, ou porque não o sabem fazer?

Por fim, temos o leitor. Esse pobre que é muitas vezes apontado como o culpado - «Em Portugal lê-se pouco!». – é uma vítima de toda esta maquinação. O leitor encontra-se desinteressado, porque tudo o que é publicado é igual e porque é desencorajado a ler coisas diferentes. Poderemos comparar esta questão ao problema político que se vive em Portugal: eles são todos iguais, não sabemos em quem votar, e por isso não votamos. Por isso se diz -« Em Portugal há muita abstenção». Se transpusermos para a leitura teremos: os livros são todos iguais, são caros, os diferente são mais baratos, mas são considerados inferiores, e então não compro e não leio. Se a esta questão somarmos a preguiça galopante da nova geração, a tendência por optar pelas coisas que dão menos trabalho e que permitem a maior absorção de informação possível no mais curto espaço de tempo, temos o cenário actual.

Assim, neste contexto, o livro realmente tornou-se num objecto de pouca procura, e é a escassez, de acordo com as teorias ecónomicas, que o transformou, por sua vez, naquele objectivo vil que é um negócio.

Por isso apenas publicam o que sabem que vende, e a maioria das vezes o que vende não é a qualidade da escrita, mas as personalidades da TV, as notícias papagueadas semanas seguidas...

Cabe-nos a todos nós, a nós escritores principalmente, inverter esta maré, enchendo o mundo de histórias de forma tal que uma dia o mundo se veja obrigado a pedir-nos para as juntaremos num livro, para que todos as possam ler, porque ser lido é, ao fim ao cabo, o nosso mais secreto desejo, porque nós, escritores, não passamos de simples contadores de histórias.
», in Alterwords, nº 2
Por hoje é tudo, senhores... Na minha humilde opinião, problema não é do Fantástico só, mas de toda a literatura e do Fantástico também!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Afinal...

Império Terra: O princípio... Afinal não terá uma nova apresentação tão cedo. Polítiquisses... A Papiro, por minha insistência e reclamação, convidou-me para eventos para os quais sabia de antemão que eu não poderia comparecer... Típico de uma quadrilha de políticos! Senão vejamos: o evento tinha lugar no Porto e decorreria nas carruagens do Metro durante o dia... Ora, eu sou de Lisboa e tenho de trabalhar para me sustentar! E disso, espero eu, eles sabem, pois como autor deverão ter a minha ficha. Para todos os efeitos, fui eu que declinei o convite! Percebem agora a comparação?! Seja como for The show must go on e, por isso, há que trabalhar na divulgação do primeiro antes do lançamento do segundo. Sobre este último assunto não tenho grandes novidades, a não ser que uma quarta editora se juntou à corrida, e quantas mais forem melhor. Entretanto, para quem ainda não conhece o livro, fica aqui a dica: o Correio do Fantástico vai dedicar-lhe algum espaço em breve; confiram no blogue...

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Porque o mundo não é um romance

Porque não só de leituras vive o mundo, e porque muitas vezes as leituras - e é essa a sua principal razão de ser - nos sequestram do que se passa à nossa volta, hoje venho falar-vos de uma associação de cariz humanitário.
A Promundo, é recente, mas já tem obra feita. Ofereceu bicicletas a algumas crianças de uma aldeia africana. Essas bicicletas vão permitir reduzir o tempo e a caminhada de 3 horas que habitualmente tinham de fazer para irem à escola. Os promotores desta ideia aceitaram o desafio de agirem em prol das necessidades dos menos afortunados, e já agiram!! Estão de parabéns! Hoje em dia ouve-se muito dizer que é preciso ajudar, mas depois ninguém faz nada. A Promundo fez... Vejam mais detalhes no link:

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Boas Novas - Império Terra II: o 2º livro daquela que se espera uma grande e Fantástica trilogia

No ínicio do ano enviei o manuscrito - como parece bem dizer, porque na verdade não é um manuscrito, é um documento em Word - a várias editoras. Entre elas à que publicou o primeiro Império Terra e a que, por sinal, levou mais tempo a dizer alguma coisa - Papiro. Enfim... Apraz-me dizer que na corrida persistem três editoras, cujos nomes não mencionarei, porque o segredo é alma do negócio. No entanto, confesso que estou entusiasmado, mas não contente. Pelo que irei, à cautela, chamar mais algumas editoras à competição. Se tiverem sugestões, elas serão bem vindas... Entretanto, talvez, se avizinhem promoções sobre o Império Terra: o príncipio. Mantenha-se atentos... (ou como diria Laurodérmio: «setei tunede» )